É
uma região de serras situada no centro da Bahia, a uma distância de 400km do
litoral, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu,
do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos
cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes
cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.
A
Chapada Diamantina fica na região central da Bahia, a uma distância de 400 km
do litoral. Quem observa o cenário de terras íngremes e leitos de rios
pedregosos não poderia imaginar que ali, onde hoje é sertão. O mar reinava
sobrerano. Há pelo menos 600 milhões de anos, o
oceano cobria essas terras, antes que um choque de placas tectônicas criasse as
profundas fissuras e depressões encontradas atualmente. O seu surgimento é
localiza na caatinga há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos,
iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série
de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de
vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre
essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob
a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno
chamado soerguimento(processo geológico normalmente causado devido à tectônica
de placas. Neste processo, uma porção da crosta terrestre é elevada da sua
posição original) que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar,
pressionada pela força epirogenética(,processos que resultam no movimento da
crosta terrestre) tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de
anos. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje
expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares
primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao
longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de
superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre
areais antigos.
Suas
características encontradas a partir do lodo sul, as rochas da chapada
diamantina fazem parte da unidades geológica. Com altitude média de 800 a 1200m
acima do nível do mar. As serras que compõem a chapada diamantina abrangem uma
área de aproximadamente de 38.000km² e são as divisoras de água entre a bacia
do rio São Francisco e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico,
com os rios Contas e Paraguaçu. Nesta
cadeia de serras são encontradas os picos mais altos da Bahia, sendo do Borbado
com 2.033m, o ponto culminante de todo o nordeste. O relevo apresenta-se bastante
acidentado com planaltos, serras quebradas e montanhas.é responsável pela
originalidade da paisagem chapadense na
qual se destacam altos planícies e vales profundos, cachoeiras, e numerosos
cursos d’ água. Ação milenar dos ventos e das águas arredondou as serras e as
morros e esculpiu os paredões abruptos. O clima é tipicamente tropical, com
precipitações pluviométricas variando entre 750 e 1000 mm anuais, com 4 a 6
meses sem chuva.
Na
chapada diamantina encontra-se uma grande extensão da biodiversidade, sua fauna
caracteriza-se por espécies oriundas de diferentes ambientes, como felinos
(onça-pintada e suçuarana), serpentes (jibóia, sucuri), capivara, veados,
peixes, preás, mocós (roedores semelhantes a preás), cutias, coatis e antas.
Esta última espécie é uma das mais ameaçadas de extinção na Chapada. E sua
flora é constituída por campos rupestres (nas áreas pedregosas das serras),
campos gerais, cerrado, matas e capões (nos vales profundos). A flora da
Chapada apresenta-se riquíssima, com predominância de orquídeas (Orchidaceae),
bromélias (Bromeliaceae) e sempre-vivas (Eriocaulaceae) e canelas-de-ema
(Velloziaceae). Há, ainda, uma grande variedade de plantas medicinais.
Ao
falarmos da chapada diamantina não podermos deixar de cita o Parque Nocional que
abrange toda a Serra do Sincorá, com altitudes variando de 400m, nos vales dos
rios que formam a bacia do Paraguaçu, a 1.400m, no ponto mais alto da serra. As
diferenças de altitude contribuem para a explosão da biodiversidade. A
preservação dos ecossistemas da Serra do Sincorá permitirá a manutenção de um
banco genético importantíssimo para a pesquisa científica e a manutenção da
biodiversidade. Além disto, será possível impedir a desertificação, ao
evitar-se a destruição de nascentes. Finalmente, a exploração racional e
ordenada do ecoturismo dará a população local uma alternativa econômica
sustentável a longo prazo.
Morro do Pai Inacío
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