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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Biogeografia da Chapada Diamantina




É uma região de serras situada no centro da Bahia, a uma distância de 400km do litoral, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.
A Chapada Diamantina fica na região central da Bahia, a uma distância de 400 km do litoral. Quem observa o cenário de terras íngremes e leitos de rios pedregosos não poderia imaginar que ali, onde hoje é sertão. O mar reinava sobrerano. Há pelo menos 600 milhões de anos, o oceano cobria essas terras, antes que um choque de placas tectônicas criasse as profundas fissuras e depressões encontradas atualmente. O seu surgimento é localiza na caatinga há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento(processo geológico normalmente causado devido à tectônica de placas. Neste processo, uma porção da crosta terrestre é elevada da sua posição original) que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética(,processos que resultam no movimento da crosta terrestre) tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos.
Suas características encontradas a partir do lodo sul, as rochas da chapada diamantina fazem parte da unidades geológica. Com altitude média de 800 a 1200m acima do nível do mar. As serras que compõem a chapada diamantina abrangem uma área de aproximadamente de 38.000km² e são as divisoras de água entre a bacia do rio São Francisco e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, com os rios  Contas e Paraguaçu. Nesta cadeia de serras são encontradas os picos mais altos da Bahia, sendo do Borbado com 2.033m, o ponto culminante de todo o nordeste. O relevo apresenta-se bastante acidentado com planaltos, serras quebradas e montanhas.é responsável pela originalidade da paisagem  chapadense na qual se destacam altos planícies e vales profundos, cachoeiras, e numerosos cursos d’ água. Ação milenar dos ventos e das águas arredondou as serras e as morros e esculpiu os paredões abruptos. O clima é tipicamente tropical, com precipitações pluviométricas variando entre 750 e 1000 mm anuais, com 4 a 6 meses sem chuva.
Na chapada diamantina encontra-se uma grande extensão da biodiversidade, sua fauna caracteriza-se por espécies oriundas de diferentes ambientes, como felinos (onça-pintada e suçuarana), serpentes (jibóia, sucuri), capivara, veados, peixes, preás, mocós (roedores semelhantes a preás), cutias, coatis e antas. Esta última espécie é uma das mais ameaçadas de extinção na Chapada. E sua flora é constituída por campos rupestres (nas áreas pedregosas das serras), campos gerais, cerrado, matas e capões (nos vales profundos). A flora da Chapada apresenta-se riquíssima, com predominância de orquídeas (Orchidaceae), bromélias (Bromeliaceae) e sempre-vivas (Eriocaulaceae) e canelas-de-ema (Velloziaceae). Há, ainda, uma grande variedade de plantas medicinais.
Ao falarmos da chapada diamantina não podermos deixar de cita o Parque Nocional que abrange toda a Serra do Sincorá, com altitudes variando de 400m, nos vales dos rios que formam a bacia do Paraguaçu, a 1.400m, no ponto mais alto da serra. As diferenças de altitude contribuem para a explosão da biodiversidade. A preservação dos ecossistemas da Serra do Sincorá permitirá a manutenção de um banco genético importantíssimo para a pesquisa científica e a manutenção da biodiversidade. Além disto, será possível impedir a desertificação, ao evitar-se a destruição de nascentes. Finalmente, a exploração racional e ordenada do ecoturismo dará a população local uma alternativa econômica sustentável a longo prazo.  
 Morro do Pai Inacío



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